Gil Vicente "reforçado" pelo comunicado da FPF
A direcção do Gil Vicente reafirmou hoje a sua razão no denominado caso Mateus, alegando que recorreu aos tribunais civis sobre "matéria de índole laboral, que não estritamente desportiva" e "por indicação expressa da Federação Portuguesa de Futebol". Em comunicado, a direcção gilista reagiu assim à decisão da Federação portuguesa (FPF) de manter a decisão do Conselho de Justiça (CJ) em suspender o Gil Vicente das suas competições e manter o Belenenses na Liga de futebol, no seguimento do caso Mateus. Alegam os gilistas que a questão "nuclear" do caso reporta-se ao facto de o Gil Vicente ter recorrido aos tribunais comuns, mas defendem que, "e tal como a Federação expressamente o reconheceu", esse mesmo recurso se reportou "a situações que configuravam uma natureza meramente laboral, não-desportiva". "De facto, e em rigor, o Gil Vicente Futebol Clube recorreu de dois despachos de indeferimento de inscrição do praticante Mateus, ou seja, de actos material e subjectivamente administrativos, os quais incidiram sobre matéria de índole laboral, que não estritamente desportiva", pode ler-se no comunicado gilista. Os dirigentes do clube de Barcelos justificam ainda que o fizeram "por indicação expressa da Federação Portuguesa de Futebol vertida em fax, secundada, aliás, pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional". Os gilistas defendem ainda que os passos que seguiram obedeceram ao disposto na constituição da República Portuguesa, bem como aos princípios fundamentais comuns às constituições dos Estados membros da União Europeia, em conjugação com o previsto na Lei de Bases do Desporto, e bem assim ao disposto nos regulamentos disciplinares da FPF, os quais prevêem a possibilidade de recurso aos tribunais comuns quando a lei o previr ou quando não estiverem em causa "questões estritamente desportivas".
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