quinta-feira, setembro 21, 2006

Caso Mateus: Gil Vicente acusa Liga de actuar fora da lei

O Gil Vicente acusou hoje a Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de actuar fora das suas competências legais e pediu vários esclarecimentos ao presidente do organismo. "A CD da LPFP está a funcionar fora do quadro estabelecido e previsto", garante o clube minhoto, que em carta enviada a Valentim Loureiro se insurge pelo facto desta ter instaurado um processo ao Gil Vicente por não ter comparecido ao jogo com o Feirense, da segunda jornada da Liga de Honra, por esperar por uma decisão dos tribunais comuns no âmbito do "caso Mateus". Na base desta polémica está o facto do Gil Vicente ter recorrido para os tribunais comuns (violando as regras da Federação, UEFA e FIFA) para resolver o problema com a inscrição do internacional angolano: o Belenenses, que desceu de divisão, participou dos minhotos, que foram relegados para a Liga de Honra, onde ainda não competiram, pois esperam que novo recurso aos tribunais comuns anule esta decisão. Na carta enviada a Valentim Loureiro, o clube de Barcelos recorda os estatutos que "definem e estipulam a natureza, objecto, composição, competências e funcionamento da CD da Liga" e pede ao presidente da LPFP nove esclarecimentos, entre eles se a mesma tem quórum "para analisar, votar e decidir as deliberações respectivas". Como está a funcionar e quantos elementos compõem actualmente a CD, quem decide a abertura de inquéritos ou processos, quem os aprecia e decide e quem decide os castigos a aplicar são outras das dúvidas que o clube quer ver elucidadas. Na missiva, o Gil Vicente considera estar a ser prejudicado pelos procedimentos actuais da CD e questiona se a mesma irá lesar outros clubes e até a própria Liga. Os gilistas solicitam uma resposta "com a máxima brevidade possível, em nome da transparência, seriedade e credibilidade dos órgãos da LPFP, designadamente da sua CD e de todo o futebol profissional português, bem como para que o clube possa agir em conformidade na legítima defesa dos seus direitos e interesses".