quinta-feira, outubro 12, 2006

Clubes preparam participação de Filipe Vieira e José Veiga

A Comissão Disciplinar da Liga vai receber nos próximos dias participações de vários clubes/SAD, todas com um mesmo objectivo: fazer com que o órgão agora presidido por Ricardo Costa instaure processos de inquérito sobre o teor de escutas telefónicas vindas a público tendo Luís Filipe Vieira e José Veiga como intervenientes, ambos com o ex-presidente da Liga, Valentim Loureiro.
O JOGO sabe que há nesta altura movimentações tendentes a que tais participações cheguem ao correio ou fax da Liga no início da próxima semana.
Embora não tenham redundado na constituição de Filipe Vieira e José Veiga em arguidos no caso "Apito Dourado", as escutas reveladas pelo "Público" no mês passado estão no epicentro das participações. Numa delas, ao telefone com Valentim Loureiro, Filipe Vieira é consultado sobre as suas preferências para a nomeação do árbitro da meia-final da Taça de Portugal de 2003/04 com o Belenenses e, a certa altura, descartando vários nomes, diz: "Ó major, eu não quero nem me tenho chateado com isto, porque eu estou a fazer isto por outro lado".
Já José Veiga foi referenciado enquanto dirigente do Estoril Praia, com conversas que visavam que uma interdição do recinto do Marco de Canaveses coincidisse com o jogo da sua equipa - tal jogo realizou-se no Estádio do Bessa a 28 de Março de 2004 - e Veiga terá agradecido a Valentim Loureiro tendo mesmo dito "Vou-lhe dar uma beijoca".
Estas duas escutas são o alvo da participação de alguns clubes.
Recorde-se que o processo "Apito Dourado" foi passado a inquérito disciplinar pelo juiz Pedro Mourão enquanto interino da Disciplina da Liga, após participação feita pelo Benfica.

quarta-feira, outubro 11, 2006

PSD vai apresentar na AR nova lei de combate à corrupção

O líder do PSD, Luís Marques Mendes, anunciou hoje que o partido vai apresentar no Parlamento uma nova lei de combate à corrupção no desporto, que prevê o agravamento das penas previstas para esse crime, entre outras matérias, noticia a agência “Lusa”. "Queremos dar um contributo sério para um combate mais firme, mais eficaz e com mão mais pesada à corrupção no fenómeno desportivo", afirmou Marques Mendes, numa declaração na sede do partido. Esta nova lei de combate à corrupção no desporto, para revogar a actual que já tem 15 anos, apresenta, segundo o líder social-democrata, "duas inovações". Uma diz respeito ao agravamento das penas dos crimes de corrupção no desporto. Assim, e de acordo com o diploma, a pena pelo crime da corrupção passiva de praticante desportivo passa de dois para cinco anos, e a pena pelo crime de corrupção passiva de árbitros e dirigentes passa de quatro para oito anos. A pena pelo crime de corrupção activa de praticante desportivo é agravada de três para cinco anos e a pena pelo crime de corrupção activa de árbitros e dirigentes passa de quatro para cinco anos. A segunda refere-se à criação de dois novos tipos de crime - o de corrupção activa ou passiva de clubes e associações desportivas e o crime de corrupção activa ou passiva de árbitros e dirigentes pelo recebimento de presentes ou vantagens. "Até agora a lei só permite punir os agentes individuais. Os clubes e as associações ficam de fora. A nossa proposta é no sentido de que, quando há corrupção, sejam também punidos os clubes e associações envolvidos", afirmou Marques Mendes, referindo-se ao crime de corrupção activa ou passiva de clubes e associações desportivas. Neste caso, a pena a aplicar será de multa até 960 dias, acrescida de sanções acessórias, como a privação de subsídios públicos, interdição temporária de participação em competições e a suspensão ou cancelamento do estatuto de utilidade pública desportiva. Quanto ao crime de corrupção activa ou passiva de árbitros e dirigentes pelo recebimento de presentes ou vantagens, deverá ser punido com pena de prisão até cinco anos. "Tenha ou não havido falseamento de qualquer resultado desportivo, o simples facto de um árbitro receber uma vantagem patrimonial ou não patrimonial que não lhe é devida passa a ser crime", assinalou Marques Mendes. Além deste diploma, o PSD irá ainda apresentar um projecto de lei que propõe que seja vedada a participação de magistrados em órgãos estatutários, disciplinares ou de justiça de clubes desportivos, de entidades associativas de natureza desportiva ou de sociedades anónimas, tudo no âmbito do desporto profissional.

terça-feira, outubro 10, 2006

Apitadelas: Parlamento francês decide proteger árbitros

O Parlamento francês aprovou uma lei visando proteger os árbitros contra agressores e que entrará em vigor em Janeiro de 2007, prevendo penas de dois anos de prisão e 30 mil euros de multa para os responsáveis de ameaças contra os árbitros até à prisão perpétua para o caso de morte. O diploma, apresentado por um deputado conservador, pretende também garantir a independência dos árbitros e protegê-los de agressões, que levaram 20 mil "juízes" de todas as modalidades a abandonarem as respectivas actividades nos últimos cinco anos. A partir de Janeiro, e ainda ao abrigo desta legislação, os árbitros passarão a dispor de um novo regime social e fiscal, que lhes permite estar inscrito na Segurança Social como trabalhadores independentes e dispor de uma melhor cobertura social. As associações de árbitros francesas regozijaram-se pela aprovação do diploma, mas o presidente da Liga de Futebol Profissional de França, Fréderic Thiriez, considerou que a nova lei vai provocar um aumento dos valores a pagar pelos serviços dos "juízes". A Liga francesa de futebol alterou recentemente o estatuto dos árbitros, introduzindo medidas tendentes à sua profissionalização. Um árbitro de futebol da primeira categoria em França recebe um salário de 1.420 euros por mês, aos quais se somam 3.020 euros por cada jogo que dirija.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Calciocaos: Eventual redução de penas põe clubes “limpos” em pé de guerra

A mera possibilidade do Comité Nacional Olímpico Italiano (CONI) baixar a penalização de pontos por fraude desportiva imposta à Juventus, Milão, Fiorentina e Lázio está a provocar várias reacções de indignação dos restantes clubes. Fiorentina (-19 pontos), Lázio (-11) e Milão (-8), na primeira divisão, e Juventus (-17), na segunda, apresentaram recurso junto da Câmara de Conciliação e Arbitragem do CONI de forma a amenizar, de novo, os castigos impostos por fraude desportiva, nomeadamente com resultados e arbitragens combinados. A primeira decisão da justiça desportiva tinha resultado na descida de divisão da Juventus (-30 pontos), Fiorentina (-19) e Lázio (-11), e o Milão iniciaria a prova na Liga principal com uma penalização de 15 pontos. A Câmara de Conciliação e Arbitragem é a ultima instância desportiva ao qual os clubes - vão ser ouvidos esta semana - podem recorrer no âmbito deste processo. Entretanto, circula a informação que estes (principalmente a Juventus) chegaram a acordo com o CONI no sentido de renunciar ao recurso ao Tribunal Administrativo Regional (TAR), o único deste tipo no país dedicado a casos desportivos, apelo que provavelmente resultaria na paragem dos campeonatos durante alguns meses. Esta intenção da Juventus em recorrer aos tribunais comuns levou mesmo a FIFA a ameaçar suspender a selecção e clubes italianos das provas internacionais, à semelhança do que aconteceu em Portugal com o Gil Vicente e o "Caso Mateus". Como o CONI interveio e convenceu os clubes a abdicar do recurso ao TAR para o fazer antes à sua Câmara de Arbitragem, é convicção generalizada que essa cedência vai ser compensada com a redução das penas. Os dirigentes dos clubes prevaricadores já se manifestaram optimistas quanto a esse desfecho. Aurélio De Laurentis, proprietário e presidente do Nápoles, é um dos mais inconformados: "Seria escandaloso que quem julga estes casos possa sofrer pressões psicológicas, desrespeitando as sentenças anteriores. É absurdo que se mude uma decisão depois de se terem disputado várias jornadas (cinco na primeira e seis na segunda)". "Caso se deseje legitimar a justiça desportiva, as coisas devem permanecer como estão. Já se baixaram as penas aplicadas em primeira instância, o campeonato já começou e não seriam correctos novos descontos", acrescentou Enriço Preziosi, líder do Génova. O proprietário e presidente do Bréscia, Gino Corioni, subscreve as palavras dos outros dirigentes, considerando que "seria uma injustiça" nova redução das penas.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Parraty sob suspeita no V. Guimarães-D. Chaves

O presidente do Vitória Guimarães, Vítor Magalhães, denunciou ontem nova tentativa de desestabilização do clube, através de um fax anónimo enviado ao Desportivo de Chaves a relatar um alegado jantar entre Neno e o árbitro Paulo Paraty. Debaixo de um clima de suspeição, a equipa vimaranense acabou por vencer o Chaves por 1-0.
Minutos antes da partida, na reunião de preparação entre os dirigentes dos clubes e a equipa de arbitragem, o representante do Chaves denunciou ter recebido informações acerca de um alegado almoço Neno e Paulo Paraty.
Ao saber da acusação o presidente do Vitória, Vítor Magalhães, denunciou publicamente a suspeita e aproveitou para desmenti-la. Sem nomear culpados, o dirigente falou de uma tentativa de pessoas de Guimarães em prejudicar o Vitória.
"De uma vez por todas, em Guimarães as pessoas têm de dar a cara. Levantem o dedo e não andem as escondidas, cobardemente, a tentar desestabilizar um trabalho de dois anos e alguns meses, feito com transparência e toda a exposição pública”, afirmou.
Vítor Magalhães contou que 45 minutos antes do jogo, o delegado do Desportivo de Chaves reuniu com o quarteto de arbitragem e o delegado da Liga para questionar o "juiz" portuense sobre se o teor do fax tinha fundamento.
"Quem enviou o fax será identificado", prometeu, garantindo que o clube vai fazer seguir o processo pelos tramites normais, sem especificar quais.
O dirigente considerou ainda que o tipo de abordagem flaviense "condiciona a equipa de arbitragem 45 minutos antes de um jogo", e reprovou a atitude. "Os anjinhos já morreram todos e já não nasce mais nenhum".
O caso ficou denunciado no relatório do jogo que o Guimarães ganhou por um 1-0. Em causa, para já, não está a actuação de Paulo Paraty mas sim uma alegada conduta que fere a deontologia da arbitragem.

Angola: Jogador detido por alegada corrupção

Uma alegada tentativa de corrupção da Académica do Soyo ao guarda-redes do Sporting de Cabinda marcou ontem o jogo entre estas equipas, que terminou com uma vitória da Académica por 3-0. Francisco Kombo, da Académica do Soyo, terá aliciado o guardião adversário. Acusado pelos dirigentes do Sporting, Kombo - encontrado em casa do guarda-redes na posse de 300 dólares - foi detido pela polícia, mas rejeita as acusações. No "Girabola", o 1º de Agosto está a um passo do título.

Apito Dourado: Orgias com árbitros na Madeira

Os árbitros que se deslocavam à Madeira para dirigir jogos do Nacional (2003/2004) terão participado em orgias e bacanais com prostitutas, de acordo com o que consta no processo ‘Apito Dourado’.
Rui Alves, presidente do Nacional, chegou a ser constituído arguido, mas o seu caso foi arquivado, por não ter sido provado um nexo entre as noitadas com prostitutas e o eventual favorecimento por parte dos árbitros à equipa insular.
Segundo os documentos que resultam da investigação criminal que foi realizada em fase de inquérito, liderada pelo procurador Carlos Teixeira, o intermediário seria António Araújo, empresário de futebolistas que fornecia “fruta” (prostitutas) a árbitros “amigos” do FC Porto.
Nos mesmos documentos consta, ainda, que, no dia 24 de Março de 2004 – menos de um mês antes das primeiras detenções da operação ‘Apito Dourado’ –, o, na altura, presidente do Belenenses, Sequeira Nunes, telefonou a Pinto de Sousa, líder do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, informando-o de que os “dirigentes do Nacional andavam a encomendar serviços de prostitutas para oferecerem aos árbitros nomeados para os seus jogos”, realizados na Madeira. Sequeira Nunes frisou que tinha sido o presidente do Marítimo, Carlos Pereira, quem lhe forneceu tal informação.
E, a 11 de Abril de 2004, as investigações interceptaram uma conversa entre Pinto da Costa e Pinto de Sousa, em que o líder dos portistas contou ao seu interlocutor que Carlos Pereira lhe tinha dito que o Nacional andava a “presentear os árbitros nomeados para os seus jogos com bacanais”, que se “realizavam nas vésperas dos jogos, com a presença de algumas raparigas, presumivelmente sendo prostitutas”.
Inquirido pela Polícia Judiciária, Sequeira Nunes confirmou a conversa que teve com Pinto de Sousa, mas não precisou se o presidente do Marítimo lhe mencionou o nome de algum dirigente do Nacional em concreto. Observou, no entanto, que ficou com “a ideia de que Carlos Pereira estaria a referir-se a Rui Alves, presidente do Nacional”.
Nessa época, 2003/2004, o Nacional classificou-se em quarto lugar na SuperLiga, com 56 pontos, ficando apurado para a Taça UEFA.
As investigações da Polícia Judiciária do Porto concluíram que o empresário António Araújo, que negoceia futebolistas sem licença da FIFA, contactava os árbitros para o Nacional. Um dos jogos investigados foi o Nacional-Benfica (3-2), numa altura (Fevereiro de 2004) em que o clube da Luz ocupava o terceiro lugar. Segundo o MP de Gondomar, “o FC Porto tinha interesse no resultado do Nacional-Benfica”, dado que os ‘encarnados’ “ainda não” estavam arredados “da discussão do título de campeão.” Por isso, para o procurador Carlos Teixeira, titular do processo ‘Apito Dourado’, António Araújo “estava duplamente mandatado pelos presidentes do Nacional e do FC Porto, o primeiro interessado na vitória do Nacional e o segundo interessado na derrota do Benfica”.
O CM tentou ontem contactar Rui Alves, mas o presidente do Nacional nunca atendeu o seu habitual telemóvel.

MAIS PRESENTES EM GONDOMAR
O árbitro assistente Diamantino Costa informou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional de que recebeu uma pulseira em ouro quando esteve no Gondomar-Varzim (0-1), jogo a contar para a 3.ª jornada da Divisão de Honra, que se disputou no dia 17 de Setembro.
Segundo apurou o CM, Diamantino Costa relatou à Liga que a pulseira lhe foi metida, sem ele dar conta, no bolso de uma camisa.
Como só encontrou a pulseira quando chegou a casa, em Évora, o árbitro fez uma participação do caso à PSP daquela cidade alentejana, onde também deixou a pulseira, assegurou ao CM fonte conhecedora do processo, que solicitou o anonimato.
Perante o relatório do árbitro assistente, a Comissão Disciplinar da Liga ordenou a “instauração de processo de inquérito, na sequência de participação efectuada pelo sr. Diamantino Costa (...), para averiguação de factos alegadamente ocorridos após o jogo n.º 02.018 Gondomar Sport Clube-Varzim Sport Clube”.
Contactado pelo CM, o presidente do Gondomar, Álvaro Cerqueira, assegurou nada saber em relação à pulseira de ouro: “Só sei que a Liga nos instaurou um inquérito, cujos motivos desconheço. Não sei, também, se houve qualquer participação às autoridades.”
Álvaro Cerqueira, frisou, no entanto, que se recorda muito bem da actuação da equipa de arbitragem, chefiada por Paulo Pereira, o mesmo que dirigiu ontem o Benfica-Desportivo das Aves: “Perdemos o jogo com o Varzim, por 1-0, por causa de um erro do senhor Diamantino Costa, que não assinalou um fora-de-jogo mais do que evidente no lance que ditou o golo.”
O CM contactou ontem Diamantino Costa, que se escusou a prestar qualquer declaração.

SEQUEIRA NUNES CONFIRMA
Sequeira Nunes, ex- presidente do Belenenses, confirmou ontem ao CM que informou Pinto de Sousa do caso das prostitutas do Nacional: “Já não me lembro se fui eu que liguei a Pinto de Sousa ou se foi ele que me ligou. E mais não posso acrescentar.”
Já Carlos Pereira, presidente do Marítimo, disse: “É uma situação que deve ser esclarecida pela Justiça, Liga e FPF. Além disso, este é um momento em que necessitamos de tranquilidade para devolver a credibilidade ao futebol.”

APITO DE OURO FALSIFICADO
Parte do ouro oferecido aos árbitros acusados de corrupção desportiva no âmbito do processo ‘Apito Dourado’ será falso, de acordo com uma peritagem efectuada pela Contrastaria do Porto. As análises revelaram a existência de vários lotes com peças em que não aparecem as marcas de punção e outras relativas a fabricantes que não estão licenciados, situação que impedia tal ouro de ser posto no mercado.
O Ministério Público, segundo o ‘JN’ de ontem, terá extraído uma certidão do processo principal, por em causa estar o crime de contrafacção de selos, cunhos, marcas e chancelas, punido com pena entre um e cinco anos de prisão. Para o procurador Carlos Teixeira, o principal suspeito será o ourives, António Ribeiro, que fornecia o ouro que os dirigentes do Gondomar ofereciam aos árbitros. O CM tentou ontem contactar o comerciante, o que não foi possível até ao fecho desta edição.

ESCUTAS DO CASO NACIONAL
Pinto da Costa: “Esses já não nos vão chatear mais!” (Referindo-se à derrota do Benfica com o Nacional)


António Araújo: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” (Em resposta a Pinto da Costa)

António Araújo: “Estive a tratar com o presidente [Pinto da Costa] aquela situação do Nacional” (Para Luís Gonçalves, da SAD do FC Porto)

António Araújo: “Mas já tratei do do que aquilo que tinha, tinha a tratar!” [aquando do jogo Nacional-Benfica de 2003/2004] (Para Rui Alves, presidente do Nacional)

António Araújo: “Estou a fazer um serviço muito importante para o Futebol Clube do Porto” [os contactos com vários árbitros de futebol] (Para Luís Gonçalves, da SAD do FC Porto)

Árbitro Paulo Silva: “Tu lembras-te, uma vez depois de a gente acabar o putedo com o Araújo no Porto”. (Para António Araújo, relatando a conversa tida com outro árbitro)

Sporting revê posição em relação à Liga

A posição do Sporting em relação à Liga de Clubes pode alterar-se radicalmente muito em breve, tudo apontando no sentido de que o clube de Alvalade passe para a oposição, soube A BOLA. Segundo conseguimos apurar, contactos mantidos nos últimos dias entre responsáveis dos leões e futuros dirigentes da Liga deixam entender que o clube apenas está disponível para conceder o benefício da dúvida à estrutura liderada por Hermínio Loureiro, não ultrapassando esse prazo os três meses.
Dirigentes do Sporting estabeleceram, nos últimos dias, diversos contactos com Hermínio Loureiro e sugeriram ao novo presidente da Liga para reconsiderar a sua posição quanto a Valentim Loureiro, o homem que abandonará a presidência do organismo mas transitará para a Assembleia Geral. Os responsáveis leoninos argumentaram que a posição do major é cada vez menos consensual no futebol nacional, estando o seu nome envolvido em diversos escândalos.
A resposta de Hermínio Loureiro, que considerou Valentim Loureiro absolutamente intocável, surpreendeu os dirigentes do Sporting e, depois de um período de reflexão, deram ao novo presidente um prazo de três meses para que todos os órgão da Liga funcionem com rigor e isenção.
Por enquanto, o clube de Alvalade mantém-se na Direcção do organismo que gere o futebol nacional — está representado pelo antigo administrador da SAD Rogério de Brito — mas assume uma posição vigilante quanto aos próximos tempos.
Dentro de uma semana o clube vai assumir publicamente a sua posição, uma vez que já deu nota ao futuro líder da Liga das suas intenções.
Depois do Benfica já ter assumido frontalmente a sua oposição quanto à nova Direcção da Liga, os leões podem, em breve, passar também para a contestação. Ontem, a 7.ª Vara do Tribunal Cível do Porto não deu provimento à providência cautelar do Nacional para a impugnação das eleições da Liga e, assim, a nova Direcção tomará posse segunda-feira. Mas já se prevê vida difícil para os novos dirigentes...